sexta-feira, 9 de abril de 2010

Lumières de la ville, la deuxième partie

Olá a todos. A continuação do texto Lumières de la ville. espero que os senhores saibam apreciar. O maior problema de se escrever liricamente é o medo das pessoas não entenderem a cena, e a situação como o escritor que descrever. Mas a vantagem é que o leitor pode fazer a cena do jeito dele.


"Acordo calmamente. Na verdade não tinha sol, o inverno esta chegando aqui. Mesmo assim parecia que o ar aqui estava mais belo. Na verdade eu combinei de encontrar com ela no Palais Royal, uma estação de metrô próxima ao Louvre, pela tarde, já que primeiro ela disse que iria ir ao hotel e almoçaria por lá.
Vou tomar um café da manhã, onde levanto só para comprar um pão e levar para meu apartamento. Adorava ficar pela manhã até tarde nele, pensando, pintando, lembrando da minha vida como era. Seria finalmente uma mudança? Finalmente a fonte de toda minha inspiração iria ficar nos meus braços? Ah, como eu sonhei com aquele momento. Talvez era o meu ultimo sonho não realizado.
E cada minuto passa lento. O tempo inteiro esperando para o momento, revendo fotos, colocando músicas que ambos gostávamos, apenas vivendo de um passado que nunca existiu. Quando finalmente chega a hora, visto um sobretudo, coloco o pingente dentro do sobretudo, e vou partir para o encontro. O frio começava a chegar aqui. Em poucos dias talvez já estaria nevando, mas não ligo. O frio pode ser até romântico.
—Você continua tão linda como sempre.
Foi a primeira coisa que vi quando ela saiu da estação do Metrô, e disse ao abraçá-la. Na verdade seria difícil ver a beleza dela mudando. Não éramos mais tão jovens como antigamente, mas estes dois anos não foram suficientes para esquecemos um dos outros. Ainda mais para mim, que sempre tive ela na minha cabeça. Seus olhos ainda eram belos, seus cabelos, seu rosto, sua boca que nunca senti, como eu queria ela. O sentimento ficava mais forte do que nunca.
Mas na verdade o que acontece foi o contrário. Não tive coragem de falar com ela a primeira vista. Preferi passar a tarde com ela, sem coragem de falar, apenas seguindo ela, orientando por um passeio rápido no Louvre, já que para visitar aquele museu inteiro seriam necessários pelo menos 5 dias. Mas só de andar ao lado dela já me fazia sorrir. E talvez aquele sorriso me assustasse, não me fizesse falar o que tanto deseja.
Merda! Cada segundo que passa, cada conversa com ela, cada sorriso dela, ao mesmo tempo que aquilo me fascinava, aquilo me assustava, causava tantas coisas. Jantar, com vinho e massas, e olhando a cara dela, ver a felicidade dela, e eu tendo de fingir sorriso, enquanto a ânsia por falar me fritava por dentro. Não ter coragem de falar três palavras, eu te amo. Anos e anos, e sempre foi assim.
—Eu te amo.
Nunca dizer três palavras foi tão difícil. A imagem dela assustada ao ouvir aquilo, nós, em frente ao hotel dela. Surpresa? Felicidade? Desgosto? Tristeza? Como poderia qualificar o que ela escutou? Se aquelas palavras saíram da maneira que eu queria, e se ela escutou da maneira que eu gostaria.
—Desculpa, mas eu não posso aceitar isto.
E ela entrega o colar na minha mão novamente. Ela apenas beija meu rosto e sobe para seu apartamento. O meu temor se realizou. Ainda bem que ela partiu, não pode ver a lágrima que estava no meu rosto. Caminho de volta para casa. Deve ser umas duas horas de caminhada, mas quem liga. Primeiro lixo que passo jogo o colar lá. Não deveria ter acreditado nesta ilusão. Nunca deveria ter me entregado aquela ilusão. Ela sempre foi uma ilusão. O que fazer.


—Este talvez seja o seu melhor quadro monsieur, de onde você tirou a sua inspiração?
—Venaient de mon esprit...


Uma pessoa de costa caminhando em sua sobretudo, se afastando. A cidade iluminada, sempre bela, e uma bela mulher de olhos verdes segurando um colar chorando. Não teria coragem de contar para ninguém de onde surgiu aquele quadro. Mesmo sabendo que os papeis estavam invertidos. Ela voltou para o Brasil 6 dias depois, e não me procurou no restante dos dias. Restou-me a alegria de alguns vinhos e a desforra deles num quadro. Restará para mim sempre subir na Torre Eiffel e apreciar as luzes de Paris. Não vale a pena alimentar ainda mais aquela ilusão. Mas sei que até o meu ultimo suspiro eu pensarei nela."



LMN, Droog's Sentence:"Why I don't stop to thing in your smile? Your broke my smile with yours smile, but you still make me smile! Stupid and lovelt bitch!"

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