domingo, 27 de janeiro de 2013

Life fast, die young

Olá a todos. Quando foi a última vez que escrevi algo a vocês? Estou mais dedicado a (lenta) edição do meu livro, e atrasado, como sempre, mas foi um isolamento mental necessário. Em um curto espaço perdi amizades importantes, perdi minha sanidade, a qual monto lentamente como cacos quebrados no chão, e a vida sempre continua. Por que ela insiste, se ela apenas machuca?

Uma pessoa uma vez sorriu para mim e citou Holden Caulfield. Catcher in the Rye, Apanhador no Campo de Centeio. Um bom livro, caros leitores, mas não me lembro da passagem, só lembro que tinha a ver com o que eu era. Ou que talvez eu ainda seja aquele garoto iludido por olhos de esmeraldas e voz de anjo. Ou nada mudou, ou aquilo é uma ilusão criada, destruída por tapas, socos, álcool e ilusões adolescentes de felicidade. E eu mesmo outrora falei que ainda sou um adolescente preso num corpo que insiste em crescer.

Ainda tenho medo de falar do que me angustia. De falar sobre o que amo. De falar sobre o que sinto, e de entender por que as pessoas criam sentimentos por alguém como eu. Ou seja incapaz de entender sentimentos, ou não ser o jovem que sonhava ser. No fundo vivo devagar e morrerei tarde, ao contrário de tudo que nós cinco acreditávamos. Eu sei que fui o covarde, garota, mas acho que foi por uma boa causa. E acreditem. Eu até tento melhorar, só não consigo.


LMN, Droog's Sentence:"Just another loser catcher in the rye"