quinta-feira, 31 de maio de 2012

Im Westen nichts Neues

Olá a todos. Muitos devem estar esperando a segunda parte da viagem a SP. Não postarei. Censurei tanto que não fará sentido. Coisas que não devem sair, por respeito a várias pessoas. Mas talvez futuramente, eu conte, como um caso engraçado, com outros nomes, enfim. Ando escrevendo menos aqui, isso é verdade. Nada de novo no Front. O nome original do livro é Im Westen nichts Neues, que traduzido ao pé da letra significa Nada de Novo a Oeste, onde era o front, enfim.

Foi um dos livros que mais me traz lembranças. Pequenas lembranças. Faz muito tempo que o li, mas lembro de algumas descrições de frentes de guerra. Devia ter uns 16 anos, e era fissurado em Guerra, e talvez foi o livro que me provou que Guerra não era algo legal. Sangue, mortos, um falso patriotismo, e vidas sendo desperdiçadas para algumas seres humanos tenham ou mais dinheiro ou mais território que outros mesmo seres humanos.

Fiquei humanizado com os anos. Sou contra violência, contra a morte, e acho que todos temos direitos. Isso é uma ironia. Tendo em vista fortes convicções que tenho. Quem é o homem para decidir sobre a vida de outro homem? Ninguém, somos apenas seres que seguem o destino, poeiras espaciais, que pensamos ser algo. E nada demais aconteceu no meu front novamente.



LMN, Droog's Sentence:"In Osten nichts Neues"

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Windmills


Cai a chuva. Agora uma chuva leve, quase garoa. As pequenas gotas tocam o rosto, e escorrem pela pele. Ao redor das luzes dos postes, um halo avermelhado que se reproduz nas poças no chão. Luzes estas, que de tão sutis, desaparecem ao menor obstáculo. O barulho dos passos no asfalto molhado – com um sapato mais molhado ainda - ecoa pela rua vazia. O barulho longínquo de trânsito pode ser ouvido, mais nada.

E ele aprecia a chuva. Sente a cada gota o toque macio e gélido da donzela pluvial, e deseja com todas as suas forças que as gotas que escorrem levem todo o seu sentimento. Com as roupas encharcadas e o corpo doendo, de nada servia a sensação de abandono que – ironicamente – não o deixava nunca.

Em seus pensamentos vagantes e sombrios, cisma sobre seus amigos, ou pelo menos aqueles que assim ele se referia. Não consegue evitar em cogitar que nunca tivera amigos de fato, apenas pessoas que o aturaram durante certo intervalo de tempo. Acontece que, para alguns, esse tempo se esgotou, restando apenas uma lembrança vaga e insípida do que havia.

Basta. Nem mais um pensamento nesse sentido. Passou a mão pelo rosto, expulsando as gotas – salgadas ou não – que persistiam em rolar livremente pela face. A chuva aumentara. Mas quando se é Paladino, a noite nunca é escura demais. Então que a espada não enferruje na bainha, mas que não seja guardada sem ter agido. E que venham os gigantes!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

High Flying Bird Act I

Olá a todos. Claro, posso muito bem colocar o texto direto, mas resolvi colocar uma resenha em três parte sobre minha viagem para São Paulo. Espero que vocês se divirtam, não quis fazer apenas um querido diário, e sim algo um pouco mais humorado em algumas partes. Tudo o que aconteceu é verídico, inclusive o Anão de cartola, mas algumas partes foram dramatizadas mesmo. Alguns detalhes ficaram para a versão estendida e deluxe, que será enviada em PDF a alguns felizardos (bah, até parece)


"Tudo começou num domingo. Final de noite, malas sendo arrumadas. Mochila, na verdade. E tudo já estava combinado. Quem diria que o dia chegou? Ainda estava difícil de acreditar, afinal, era a viagem para a mesma cidade que uns meses antes me propiciou momentos mágicos, e dessa vez para ver um dos meus ídolos de perto.
Na verdade a viagem foi tranquila, e por que não seria? Especial Noel Gallagher na TAM, um lanchinho gostoso. Digo, a pior parte foi me achar em Congonhas, Aeroporto que por sinal, mesmo com anos e anos de experiências, nunca tinha pousado nele, mas ao achar a Laselva, e os telefones públicos, foi menos mal. Encontrar o Eric-Kun, e depois de um tempo o JP, e a viagem de táxi até o hostel, onde nos instalamos.
Claro, no primeiro dia a principio foi um dia tranquilo. Uma volta na cidade, cada um por si, eu e Eric por nós, e JP e suas amigas na deles. Queria ter passado mais tempo com o JP, mas enfim, não sou dono de ninguém. Nada como ficar conversando no frio com o Eric, a espera de uma amiga nossa, no vão do MASP. Infelizmente, nesse dia, a Bueno desmarcou, mas encontramos com a Pam, e fizemos algo simples mesmo. Beber a noite inteira (com a adesão do JP no futuro) e praticamente virar a noite. Assuntos? Oasis (cujas brigas se tornaram focos da noite), política, sexo, amor, cotidiano, piadas ruins (contadas por mim) e tantas coisas que é difícil citar sem entendiar leitores. Tal dia culminou comigo e com o Eric indo a Estação das Clínicas levá-la pela manhã, e tomando um café da manhã no caminho na volta. E no dia seguinte?
Começou a saga de verdade. Primeiro, eu e o JP acordamos cedo (se é que dormimos direito) para tietar o Noel no hotel. Claro, nada pode ser fácil, pois ambos de vermelho (Liverpool, sempre) resolvemos passar em frente ao MASP. Como todo Primeiro de Maio, o PSTU faz um daqueles protestos que só servem para eles fingirem existir, e nisso todos de vermelho, e a polícia observando. Eu, um pouco medroso, JP um pouco mais, passamos rápido, afinal, quem quer tomar soco de policial antes de tietar seu ídolo favorito?
E na frente do Hotel, milhares de seguranças, incluindo um anão de cartola, para conter os fãs. Dois fãs. E demorou horas até o primeiro sinal de vida de algo. Jeremy Stacey, baterista do Noel Gallagher's High Flying Birds, sai do hotel caminhando para comer algo, e claro, eu e meu amigo tiramos uma foto, o melhor baterista do mundo, só de tocar ao lado de Deus. E falando em Deus, Noel chega em seu carro. Eu ainda dou um grito, e imagino ele parando e acenando. Claro, ele não chegou a fazer isso, mas vê-lo de costas talvez seja suficiente para um fã como eu.
E depois, almoçar com Eric e Carol, e depois encontrar a Juh. E foi uma tarde agradável, e depois de tanta coisas, fomos para o The Pub. E a segunda parte da saga fica para depois, onde realmente São Paulo começa."


LMN, Droog's Sentence:"Cold and frosty morning...."