quinta-feira, 29 de março de 2012

Knotty mind, twisted words...

Mais uma vez sinto que se afastam de mim. Mas não, não quero o vácuo de novo: O vazio tenebroso que fica entre o nada e o alguma coisa...

Dou passos incertos dentro do meu quarto. Impaciente, coloco uma música. Nada. Coloco um filme chocante. Nada. A muralha se ergue novamente. E é feita da pedra negra, numenoriana, indestrutível... Da última vez, pensei que conseguira derrubá-la, porém os alicerces ficaram, e como o feito por Annatar, se reconstruíram e se tornaram mais fortes e duradouras.

Mas o que mais se destaca é o medo. O pouco medo que ainda resta. Medo de voltar à obliviante situação de alguns anos atrás. Medo de que as criaturas encapuzadas cuja presença pode ser sentida já estejam aí a mais tempo do que esperava. Medo de que o dano seja permanente, e que minha alma já não tenha solução.

Meus erros, cada vez mais frequentes, já não incomodam. A vida, num todo, já não tem tanta importância. A grande sensação de indiferença já começa a se apossar dos cantos mais recônditos de minha mente. É só questão de tempo para que não haja mais qualquer rastro do eu recente - que agora tenho dúvidas se era de fato meu eu verdadeiro, e não essa criatura de que cada vez mais volto a me assemelhar.

Se afastam de mim. Não quero os deixar ir. Mas isso foge ao meu controle. Pois que vão. Tudo se vai, em algum momento, de toda forma. E o Paladino e o Pierrot se contraem de medo da grande besta - faminta e voraz - que sai da escuridão...

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