Este Blog já foi símbolo da Revolução Russa, do Golpe Militar de 64, e talvez de algum Anime festival. Hoje ele é uma exposição de textos soltos, a fim de entreter leitores, sem fins lucrativos, apesar de serem aceitas doações. Espero que se sintam em casa, e façam como eu, leia bebendo um café recém passado. Afinal, acomode-se, pois bons textos não devem ser lidos as pressas, e sim apreciados.
quinta-feira, 29 de março de 2012
Knotty mind, twisted words...
Dou passos incertos dentro do meu quarto. Impaciente, coloco uma música. Nada. Coloco um filme chocante. Nada. A muralha se ergue novamente. E é feita da pedra negra, numenoriana, indestrutível... Da última vez, pensei que conseguira derrubá-la, porém os alicerces ficaram, e como o feito por Annatar, se reconstruíram e se tornaram mais fortes e duradouras.
Mas o que mais se destaca é o medo. O pouco medo que ainda resta. Medo de voltar à obliviante situação de alguns anos atrás. Medo de que as criaturas encapuzadas cuja presença pode ser sentida já estejam aí a mais tempo do que esperava. Medo de que o dano seja permanente, e que minha alma já não tenha solução.
Meus erros, cada vez mais frequentes, já não incomodam. A vida, num todo, já não tem tanta importância. A grande sensação de indiferença já começa a se apossar dos cantos mais recônditos de minha mente. É só questão de tempo para que não haja mais qualquer rastro do eu recente - que agora tenho dúvidas se era de fato meu eu verdadeiro, e não essa criatura de que cada vez mais volto a me assemelhar.
Se afastam de mim. Não quero os deixar ir. Mas isso foge ao meu controle. Pois que vão. Tudo se vai, em algum momento, de toda forma. E o Paladino e o Pierrot se contraem de medo da grande besta - faminta e voraz - que sai da escuridão...
sábado, 17 de março de 2012
Desinteresse regrado de ilusão da vida cotidiana
sexta-feira, 9 de março de 2012
Amor
Ok, eu não vou mais lutar. Serei todo seu, pelo tempo que quiser, mas apenas hoje. Por essa noite, me faça seu escravo, me mostre seus segredos, e me deliciarei com suas loucuras...
Te amo, álcool.
segunda-feira, 5 de março de 2012
Little poison on my mind
domingo, 4 de março de 2012
Omnibus
Esses dias, eu estava em profunda desilusão pelo ser humano. Cheguei à conclusão que o mundo não acabará nem em fogo divino (como os religiosos esperam) nem com o apocalipse zumbi (como os nerds tanto desejam), mas sim pelo declínio do próprio ser humano. Como bem disse Álvaro de Campos, “a alma humana é porca como um ânus”, e isso ainda não havia ocorrido a 2ª Guerra Mundial.
Tenho visto seres humanos errarem de forma grotesca. Serem absurdamente desonestos, vis – e serem aceitos pela sociedade. Sério, já tive um professor que proclamava contra pobres e gays dentro de sala de aula. Hoje, ele é desembargador. Enquanto isso, vejo seres humanos – heróis – serem esquecidos, ignorados, considerados nada mais que lixo. Pessoas brilhantes são execradas, e idiotas assumem as funções importantes...
E aí estava eu, no ponto de ônibus cismando sobre esses assuntos quando, chegando o ônibus, cumprimento curtamente o trocador, que me responde com um sorriso e um bom dia sinceros, gratuitos. E não tinha obrigação: era inclusive esperado que fizesse como todos os seus colegas, ou seja, ignorado meu cumprimento e, com cara de cu, liberasse a roleta.
E foi nesse momento que a minha esperança pelo ser humano foi restaurada.