Este Blog já foi símbolo da Revolução Russa, do Golpe Militar de 64, e talvez de algum Anime festival. Hoje ele é uma exposição de textos soltos, a fim de entreter leitores, sem fins lucrativos, apesar de serem aceitas doações. Espero que se sintam em casa, e façam como eu, leia bebendo um café recém passado. Afinal, acomode-se, pois bons textos não devem ser lidos as pressas, e sim apreciados.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Jardins, fadas e outras metáforas estranhas
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Immer weniger
Se ele fosse definir as últimas semanas em uma palavra, certamente seria frustração. Uma vez atrás da outra tem se decepcionado com qualquer resultado obtido, desiludido com o futuro. Já se tornou corriqueiro ver seus planos e projetos de vida ruírem à sua frente, sem nada que possa ser feito. As oportunidades passam, e a vida passa, e ele simplesmente assiste, como um telespectador sonolento que não se dá conta que o programa vai acabar... uma hora vai acabar.
Será que as metas estabelecidas eram grandes demais para tão limitada pessoa? Ou é simplesmente o fato de ser abaixo da média? Sempre teve a sensação de ter que se esforçar muito mais para atingir os resultados tidos como regulares pelas outras pessoas. Nunca é atribuído a ele qualquer “dom”, ou “facilidade”, como sempre todos os outros tem. É constante a sensação de ser menos, de alguma forma menos...
Desistiu de encher o copo. Sabe que os efeitos do álcool em seu corpo geralmente são mais de remoer angústias que de entorpecer, ou causar amnésia etílica. De toda forma, o dia-consequência geralmente se mostra bem pior que o dia-motivo. Abriu a janela e olhou pra baixo, imaginando o vento no rosto e a sensação de leveza. Volta a fechar, a tentação é grande demais, e a coragem é pouca. Em vez disso foi ler Álvaro de Campos.
domingo, 13 de novembro de 2011
Weiß
terça-feira, 8 de novembro de 2011
(...)
E a folha continua branca. Horas gastas de frente dela, mas nada. Nem uma palavra infame, nem uma história tola, nada. Somente o olhar concentrado daqueles que forçam sinapses transparece no semblante. Geralmente os dedos não eram suficientes para escrever aquilo que o pensamento (des)ordenava, deixando metade da ideia se desvanecer no ar. Sai, vê pessoas, escuta músicas, morre de amores e ódios, mas nem a mais pobre das criações lhe passa pela cabeça.
Talvez a fonte tenha secado. Talvez a inspiração cansou-se da monotonia daquele ser e decidiu ir embora, sem aviso nem despedida. Sem o canto do cisne. Talvez toda novidade tenha se esgotado, e tudo o que se cria seja apenas mais uma repetição, olhada de outro ângulo.
Mas talvez o problema seja única e simplesmente entre o teclado e a cadeira. Alguém que de tão egocêntrico não consegue falar nada sem que tenha referência a si próprio não poderia de fato criar muito. É, sua única capacidade rui diante de seus olhos. Nada que paciência e dois metros de corda boa não resolvam.
OBS.: Não posso deixar de notar que desde que comecei a escrever no blog, cerca de mil pessoas visitaram a página. Obrigado! Mas peço a você, caro leitor, que se sinta completamente a vontade para comentar. Nem que seja um “vá se foder”. Será bem quisto,
ou não.