domingo, 21 de outubro de 2012

A introdução do ano

Olá a todos. Esse texto é bem simples. Uma introdução ao que vem a ser um livro meu. Não será volume único vecks, mas ao menos é um bom começo. Se alguns demoram anos a lançar um livro, por que eu não posso fazer o mesmo?


"A janela entreaberta me permite apenas que eu apoie nela para entrar. Observo os lados e vejo apenas se algum vizinho observava. Era por isto que não gostava de morar em apartamentos, por mais que tenha vivido nela toda minha vida. Nesse mesmo apartamento. E observo atentamente o pôster do I Want You e do Tio Sam em frente a janela. Meu tio tinha me dado durante um desses natais passados, mais especificamente o de 6 anos atrás. Era uma boa companhia, meu Tio Ricardo tinha ido aos EUA e trazido para mim apenas de brincadeira, e essa brincadeira foi levada a sério. Era mais ou menos isso o que eu imaginava. Mas nem ligo, eu gostava daquilo. Ali eu tinha a privacidade e o álibi necessário para sobreviver. Ao terminar de abrir a janela entro no meu quarto, exausto, recebido por um chamado, divino talvez.
Meu ateísmo não permitia que eu pensasse nisso, ao contrário da Letícia, mas ainda assim poderia pensar que era apenas uma sorte, o acaso. Confiro a fechadura, e vejo ainda trancada, junto a um pequeno alarme que improvisei. Não era preciso ser um gênio para projetar aquilo, fora que meus pais confiavam em mim. Meio infantil deles conferir após 11 horas se o filho estudioso estava realmente dormindo. Caso tentassem abrir a porta ou me acordar, o alarme soava em meu relógio, e rapidamente estaria em casa. Nesse tempo, alguns travesseiros e um aparelho que fingia um leve ronco. Ah, como era bom a teoria do Ferris Bueller não aplicada a vida real..
Retiro meu sobretudo e vejo apenas que tinha mais um rasgado nele. Eram tantos que já até perdi a conta, mas ainda assim era legal usá-lo. Tinha sido um presente da Letícia quando fomos a Argentina, não conseguiria abrir mão dele. Ao tirar esse sobretudo, e minha camisa abaixo dele, finalmente percebo como a marca de corte que ele carrega condizia com o corte no meu braço. Mas nem doía tanto, a dor já era algo condizente com minha vida. Além do mais, era um corte superficial, o qual apenas alguns pontos, feitos no canto do quarto, sem nenhum tipo e assistência, eram feitos. Qualquer um com seis meses de treinamento já conseguiria fazer tal medida.
Dor? O que era dor perto de tudo que já senti? Nada mais do que cócegas, e assim eu deveria rir quando tenho dor, pois fui capaz de ser atingido, algo que normalmente não acontece. Era força bruta, era a marreta de todos, a bucha de canhão que apanhava na frente para todos ficarem ilesos.
Fechado o ferimento pego meu punhal, o que seria o troféu da minha primeira grande luta, e percebo o sangue secando. Com minha língua lambo o sangue que ainda restava, como aquilo era bom. Descia suave pela garganta, e eu sei que era meio estranho, mas como era bom aquilo. Sexo, álcool e sangue, eram meus grandes prazeres do dia a dia. Só quem luta, e sente a adrenalina de um combate corpo a corpo para saber o quão delicioso é aquilo. Logo depois bem lentamente levo meu punhal para o banheiro, e com cuidado de não acordar ninguém, limpo o sangue que resta em meu punhal. Aquele líquido vermelho que caí pelo ralo, e machucava ver tamanho desperdício. Acho que sou um pouco viciado em sangue, mas nem vem ao caso nesse dia, claro.
A sorte de morar numa casa grande, e saber a rotina dos meus pais e irmã é que eles nunca perceberiam minha rotina. Afinal, eu até conseguiria prever algum movimento deles antes de me pegarem no flagra. Outro detalhe é que meu quarto é no outro anexo da casa, podendo deixar que eu saia do meu quarto sem as pessoas perceberem. Como as patrulhas vão de 23h as 5h, dificilmente alguém ficaria acordado em casa. Caminho rumo a minha cama, e fico sentado no chão, olhando o relógio de bolso, que ainda marcava de madrugada, mas o sol não demoraria a raiar. Nem sei se conseguiria dormir, afinal, em menos de uma hora teria aula, e essa minha outra vida teria de ser mantida, mesmo que por apenas um pequeno tempo.
Deito, e finalmente aproximo do sono. Eram cinco horas da manhã, e provavelmente a Meister teria chegado à base e assumido o posto dela até a noite, logo fico calmo, pois a minha parte eu tinha feito. Apenas olho meu relógio, e ao ver que não havia perigo apago. Não tinha com o que me preocupar, estava relativamente seguro agora. E a calma que esta sensação trazia consigo o sono, que infelizmente não duraria muito. Amanhã sempre será um novo dia"


Espero que gostem, ou não gostem, enfim. Isso é só uma introdução ao que ainda pode vir. Espero apenas ter agradado vocês, e com o tempo terminar o resto, e poder finalmente falar que fiz e escrevi um livro.



LMN, Droog's Sentence:"A morte é a melhor risada que poderíamos ter"

2 comentários:

The Extreme disse...

Ow, muito bom, isso foi uma compilação de quais historias q vc ja fez?

Jorge Ramiro disse...

Eu gosto de ler muita ficção e histórias fantásticas. Então, eu sou um fã de Harry Potter. Harry me leva para um mundo de fantasia que é incrível. Assim aconteceu comigo, quando eu leio um livro. Mas quando eu leio Harry Potter, as coisas são diferentes. Eu li tudo enquanto comia em ums restaurantes em itu. Esse é o meu outro hobbie. Comer em muitos restaurantes, em todos os restaurantes da cidade.