Há meses não publico
aqui no blog. Não publico pois há meses não consigo escrever nada
superior a algumas linhas desconexas: pensamentos filosóficos e
desesperadores que ferroam minha mente. Qualquer coisa superior a a
um parágrafo é sistematicamente tolhida de meus pensamentos...
Portanto aqui farei um esforço hercúleo para conseguir - pelo menos
- relatar os fatos.
Acontece que o tédio
me dominou. Tudo o que escrevo me parece requentado, mastigado e
cuspido, completamente clichê e monótono. Acredito – ou melhor,
quero acreditar – que estou apenas sofrendo do mal da águia velha:
aquela que, para que continue a viver, deve se retirar a um canto
reservado e passar pelo doloroso processo de renovação das penas e
bico... Pois é. Como disse, prefiro acreditar nisso do que admitir
que o pouco dom que me restava me abandonou de vez.
A verdade é essa: Não
consigo escrever. Já tentei me inspirar, já tentei me obrigar, mas
nada reluz diante dos meus olhos: Tudo se assemelha a algo que já
escrevi ou li. Tudo é enfadonhamente previsível.
Já me exauri. Já
falei tudo de mim, mas mesmo assim não sei quem eu sou. Não sei
nada, e não sei se quero um dia descobrir...
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